quarta-feira, 27 de julho de 2011

Diretor de Infraestrutura Ferroviária do Dnit pede demissão

O Ministério dos Transportes informou nesta quarta-feira (27) que o ministro Paulo Sérgio Passos recebeu o pedido de exoneração do diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto. O pedido será encaminhado à Presidência da República.
Geraldo Lourenço de Souza Neto estava acumulando também a diretoria de Administração e Finanças, que estava sem diretor desde antes da crise que atingiu o Ministério dos Transportes.
Dos cinco nomes que integravam a diretoria do Dnit, o único que ainda restou no cargo é o diretor de Planejamento, Jony Marcos Lopes. Todos os demais foram exonerados do cargo.
O Dnit informou nesta quarta-feira que o superintendente do órgão em Mato Grosso, Nilton de Britto, entregou o pedido de demissão do cargo na última segunda-feira (25).
A exoneração aguarda liberação do Ministério dos Transportes para ser oficializada. Britto é o sétimo integrante do Dnit a sair após denúncias de superfaturamento em obras de rodovias. Ele era homem de confiança de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, que também pediu demissão. Ao todo já foram demitidas ou afastadas 20 pessoas no ministério.
Nesta quarta, foram oficializadas no "Diário Oficial da União" as demissões de Pagot e de Hideraldo Luiz Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit.
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Reportagem da revista "Veja", publicada no início de julho, relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
No dia 6 de julho, Nascimento pediu demissão, pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente, favorecido pela presença do pai no ministério. Na ocasião, em nota, o Ministério dos Transportes informou que Nascimento iria "colaborar espontaneamente para o esclarecimento cabal das suspeitas levantadas em torno da atuação do Ministério dos Transportes", que pediu à Procuradoria-Geral da República abertura de investigação e que autorizou a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal.
Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que faria “ajustes” que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.
Principal foco das irregularidades, o Dnit teve cortes, principalmente em cargos de direção e coordenação. O diretor-executivo do órgão, José Henrique Sadok de Sá, que estava interinamente na direção-geral no lugar de Pagot, foi afastado da função.

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