segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Presidente do Inep diz que 'não considera' anulação do Enem

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim José Soares Neto, disse, nesta segunda-feira (8), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não deve ser anulado, apesar dos problemas verificados no fim de semana. "Não consideramos nenhuma condição de anulação", afirmou, em entrevista ao "Jornal Hoje".
O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado, estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação (MEC) já admitiu as falhas.
Na entrevista, Soares Neto disse que, no sábado, o Inep teve uma "atuação rápida" em relação aos erros nos cadernos amarelos e orientou os fiscais a trocarem as provas. "Em relação ao gabarito, passamos informação clara e precisa para seguir a ordem numérica [na folha de respostas]", afirmou.

Ele ainda falou sobre a nota divulgada pela gráfica RR Donnelley Moore, que imprimiu as prova. De acordo com Soares Neto, "a gráfica assume a responsabilidade pelos cadernos amarelos" e diz que vai adotar as medidas necessárias para solucionar os problemas e garantir os direitos dos estudantes que teriam sido prejudicados.
O presidente do Inep ressaltou que deve ser aberta uma página na internet, a partir de quarta-feira (10), para os alunos que preencheram a folha de respostas seguindo os cabeçalhos  solicitarem a correção invertida. O sistema vai funcionar até o dia 16.
Sobre o caderno amarelo, ele disse que o Inep ainda está estudando a possibilidade de reaplicar a prova para os estudantes que foram prejudicados e evitou falar sobre o número de inscritos que realmente ficaram com o caderno errado. "Estamos levantando o problema", comentou.
A nova prova deve acontecer entre o fim de novembro e o início de dezembro.
Entenda os erros
No sábado, logo depois de saírem das provas, os estudantes que participaram do Enem reclamaram do erro na folha de respostas e no caderno amarelo.
No caderno de questões, as primeiras 45 questões eram de ciências humanas e suas tecnologias e as outras 45, de ciências da natureza e suas tecnologias. No caderno de respostas, o primeiro subtítulo, referente às primeiras 45 respostas, era de ciências natureza. E, depois, havia o anúncio das respostas de ciências humanas.
Em relação às provas amarelas, os inscritos reclamaram que faltavam algumas questões, que outras estavam duplicadas e que questões diferentes estavam a mesma numeração. Além disso, havia perguntas da prova branca misturadas no meio do caderno amarelo.
O Inep informou que a abstenção nos dois dias de prova ficou dentro do esperado. No sábado, o índice foi de 26,7% dos inscritos. No domingo, 29,2%. De acordo com nota divulgada pelo MEC, 3,3 milhões de estudantes fizeram provas no fim de semana.
 

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