Professores de engenharia ligados à Universidade Federal do Pará fizeram essa semana, a pedido do Ministério Público Federal, medições em Altamira para determinar quais áreas da cidade ficarão submersas na época da cheia, se as barragens da usina de Belo Monte forem mesmo construídas.
Nesta sexta-feira (15) os especialistas foram até o cais de arrimo de Altamira, juntamente com representantes de movimentos sociais e o procurador da República Cláudio Terre do Amaral, para marcar um ponto de cota 100 como referência para a continuidade do trabalho. A partir dele, o MPF pretende fazer um levantamento cadastral e mapear os imóveis inseridos abaixo de 100 metros, que podem sofrer inundação.
O trabalho faz parte de uma das investigações do MPF sobre o projeto e foi necessário pela falta de diálogo dos empreendedores com a população possivelmente afetada e por causa de dúvidas que permanecem sobre os dados apresentados nos Estudos de Impacto Ambiental.
A referência para o trabalho dos especialistas é um marco que o IBGE implantou em Altamira em 2009 e homologado internacionalmente este ano. Um marco desse tipo define com exatidão a altitude e as coordenadas do ponto onde está instalado, emitindo sinais para aparelhos de GPS e servindo de referência para medição de altitude no terreno próximo.
O marco está localizado dentro do quartel do 51º Batalhão de Infantaria de Selva, precisamente na cota 186,26 e, a partir dele, os engenheiros da UFPA puderam determinar vários pontos em Altamira que estão na cota 100 ou abaixo e que poderão ser, em caso de construção de Belo Monte, alagados.
A soleira da Catedral da cidade, por exemplo, está localizada na cota 101,433. Já a Casa do Índio, em frente ao cais de arrimo da cidade, está na cota 99,052, e ficará, portando, passível de alagamento com a construção da barragem.
A soleira da Catedral da cidade, por exemplo, está localizada na cota 101,433. Já a Casa do Índio, em frente ao cais de arrimo da cidade, está na cota 99,052, e ficará, portando, passível de alagamento com a construção da barragem.
História - A população das áreas mais baixas da cidade se queixa ao MPF que nenhuma medida foi tomada, nem informação distribuída, sobre o deslocamento da população atingida ou indenizações, como está expressamente previsto na Licença Prévia concedida pelo Ibama para o empreendimento.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens populares
-
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (24), durante cerimônia de capitalização da Petrobras, um Estado forte pa...
-
Realizada entre 2 e 12 de dezembro, expedição promovida pelo ICMBio, com apoio do ISA, percorreu caminhos entre Itaituba (PA), na beira do ...
-
Trinta pessoas foram presas numa operação da Polícia Federal no estado do Rio, na manhã desta terça-feira (9). Segundo a polícia, a quadrilh...
-
A Torre Eiffel e o Campo de Marte, parque público que fica nos arredores do monumento, foram esvaziados pela polícia parisiense nesta terça-...
-
O navio com 148 brasileiros, funcionários da construtora Queiroz Galvão e seus familiares que estavam na Líbia, chegou ao porto de Pireu, em...
-
Pousou em solo paraense, por volta das 14h30 desta terça-feira (14), o avião do candidato a presidência do Brasil, José Serra, do PSDB (Part...
-
Uma ventania acompanhada de chuva forte assustou moradores de Parauapebas, no sudeste do Estado, no final da tarde desta quinta-feira (30). ...
-
O Tribunal do Júri da Comarca do município de Itaituba (PA) condenou, na última sexta-feira (22), o réu Antonio Ribeiro dos Santos pel...
Nenhum comentário:
Postar um comentário