quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tapajós ainda maior


O complexo hidrelétrico do Rio Tapajós (PA) terá potência instalada de 12.429 MW, contra os 10.687 MW previstos inicialmente. O aumento se deve ao incremento da capacidade da usina de São Luiz do Tapajós, a maior do complexo, de 6.133 MW para 7.880 MW, de acordo com o estudo de viabilidade técnica e econômica (EVTE) da planta, concluído no fim do ano pela Eletrobras, em parceria com a EDF.
Segundo o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz Lopes, o EVTE contemplou dados hidrológicos mais recentes e consistentes do que aqueles obtidos na década de 1980, quando foi feito o estudo de inventário da usina. A companhia iniciará agora o estudo e o relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) do empreendimento, ficará pronto dentro de um ano. Com isso, a expectativa é que a concessão da hidrelétrica seja leiloada em 2012.
As hidrelétricas do Tapajós serão as primeiras a serem construídas e operadas no modelo de usina-plataforma. O conceito consiste na operação remota da usina, eliminando a necessidade de implantação de vila de residências para funcionários e reduzindo assim o impacto ambiental. “O espelho dágua das usinas do Tapajós será de menos de 2 mil km². E compromisso do projeto é manter intacta uma área de 200 mil km²”, disse nesta terça-feira (21/12) o executivo.
Os outros quatro projetos do rio devem ser licitados posteriormente. Além de São Luiz do Tapajós, o complexo é formado também pelas UHEs Jatobá (2.338 MW), Cachoeira do Caú (802 MW), Jamaxim (881 MW) e Cachoeira dos Patos (528 MW).
Muniz informou ainda que a Eletrobras deverá encerrar 2010 com investimentos realizados da ordem de R$ 6 bilhões, contra os cerca de R$ 8 bilhões previstos no orçamento. A diferença se deve principalmente ao atraso na emissão de licenças ambientais para grandes projetos, como Belo Monte (PA), de 11.233 MW, e o linhão do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, de mais de 2 mil km de distância.
A holding elétrica pretende divulgar no início de 2011 o plano de negócios com horizonte de 2014. O trabalho trará o detalhamento por área (geração, transmissão e distribuição) da meta de investimentos previstos de R$ 47,5 bilhões no período.

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