A líder pró-democracia Aung San Suu Kyi pediu neste domingo (14) a milhares de seguidores em comício em Mianmar que seus seguidores "mostrem o caminho" que ela deve seguir.
Foi o primeiro grande comício da Nobel da Paz desde sua libertação, ocorrida na véspera. Ela deu a entender que vai continuar agindo politicamente contra a junta militar que controla o país.
"Quero trabalhar com todas as forças democráticas", disse, conclamando as forças políticas pró-democracia a se unificarem no país.
"Estou muito feliz e encorajada de ver todos vocês", disse. "Eu sei o que as pessoas querem. Eu também sei o que vocês querem."
Ela pediu às pessoas que contem a ela o que estão pensando e expliquem as mudanças que ocorreram nos últimos seis anos no país.
Suu Kyi também afirmou que não estava com raiva da junta militar e disse que foi bem tratada durante sua prisão domiciliar.
"Eu ouvia rádio 5 ou 6 horas por dia, apesar de isso ser chato. Mas para o bem do povo eu tinha de ouvir rádio."
Ela falou na sede do seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND).
A condenação de 18 meses de prisão domiciliar, que a vencedora do Nobel da Paz em 1991 cumpria atualmente, foi a última de uma longa série de punições.
O governo já havia adiantado que iria libertar Suu Kyi, que há mais de 20 anos simboliza a resistência democrática pacífica em Mianmar.
A soltura ocorre poucos dias depois das primeiras eleições no país em 20 anos, celebradas no último domingo.
Os países ocidentais e a oposição criticaram o processo e denunciaram fraudes. Mas o partido ligado à junta militar que governa o país ignorou a censura internacional e alegou ter recebido 80% dos votos para as futuras assembleias nacionais e regionais.
Há alguns meses, analistas previram que o regime terminaria libertando Suu Kyi, que foi mantida afastada das eleições.
Mas também lembram que o homem forte da junta a libertou duas vezes antes de determinar sua prisão novamente.
Em maio de 2009, Suu Kyi estava prestes a ser libertada quando um americano conseguiu nadar até sua casa em Yangun, às margens de um lago. Em agosto do mesmo ano, ela foi condenada a mais 18 meses de prisão domiciliar.
Apesar dos pedidos da ONU, a junta militar que controla o país recusava-se a se reunir com secretário-geral Ban Ki-moon, que, na ocasião, visitou especialmente Mianmar para isso.
Suu Kyi sempre clamou inocência, denunciando o caráter parcial das acusações atribuídas a ela pelo governo birmanês.
Mas a vitória deu legitimidade a Suu Kyi em Mianmar e no exterior. O principal objetivo da junta militar nas eleições de domingo era tentar reduzir esta legitimidade.
Suu Kyi boicotou as eleições, assim como a LND, que foi oficialmente dissolvida. Em tais condições, o futuro político da dissidente é incerto.
Em outro problema para o governo, a junta militar acusou de "terroristas", que cometeram "atos subversivos para perturbar a estabilidade do Estado", os rebeldes da etnia Karen que enfrentaram o Exército no leste do país.
Os combates provocaram a fuga para a Tailândia de 20 mil pessoas. Quase todas já retornaram, mas a tensão persiste em um país onde muitas minorias étnicas não têm uma relação pacífica com o governo central.
Foi o primeiro grande comício da Nobel da Paz desde sua libertação, ocorrida na véspera. Ela deu a entender que vai continuar agindo politicamente contra a junta militar que controla o país.
"Quero trabalhar com todas as forças democráticas", disse, conclamando as forças políticas pró-democracia a se unificarem no país.
"Estou muito feliz e encorajada de ver todos vocês", disse. "Eu sei o que as pessoas querem. Eu também sei o que vocês querem."
Suu Kyi também afirmou que não estava com raiva da junta militar e disse que foi bem tratada durante sua prisão domiciliar.
"Eu ouvia rádio 5 ou 6 horas por dia, apesar de isso ser chato. Mas para o bem do povo eu tinha de ouvir rádio."
Ela falou na sede do seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND).
O governo já havia adiantado que iria libertar Suu Kyi, que há mais de 20 anos simboliza a resistência democrática pacífica em Mianmar.
A soltura ocorre poucos dias depois das primeiras eleições no país em 20 anos, celebradas no último domingo.
Os países ocidentais e a oposição criticaram o processo e denunciaram fraudes. Mas o partido ligado à junta militar que governa o país ignorou a censura internacional e alegou ter recebido 80% dos votos para as futuras assembleias nacionais e regionais.
Há alguns meses, analistas previram que o regime terminaria libertando Suu Kyi, que foi mantida afastada das eleições.
Mas também lembram que o homem forte da junta a libertou duas vezes antes de determinar sua prisão novamente.
Em maio de 2009, Suu Kyi estava prestes a ser libertada quando um americano conseguiu nadar até sua casa em Yangun, às margens de um lago. Em agosto do mesmo ano, ela foi condenada a mais 18 meses de prisão domiciliar.
Apesar dos pedidos da ONU, a junta militar que controla o país recusava-se a se reunir com secretário-geral Ban Ki-moon, que, na ocasião, visitou especialmente Mianmar para isso.
Suu Kyi sempre clamou inocência, denunciando o caráter parcial das acusações atribuídas a ela pelo governo birmanês.
Mala localiza Mianmar Isolamento
Mesmo com a libertação, Suu Kyi está politicamente mais isolada do que nunca. A vitória eleitoral de 1990 de seu partido parece cada vez mais longe.
O resultado da votação de 20 anos atrás nunca foi reconhecido pelo regime ditatorial, e a líder opositora passou 15 dos últimos 20 anos privada da liberdade.Mesmo com a libertação, Suu Kyi está politicamente mais isolada do que nunca. A vitória eleitoral de 1990 de seu partido parece cada vez mais longe.
Mas a vitória deu legitimidade a Suu Kyi em Mianmar e no exterior. O principal objetivo da junta militar nas eleições de domingo era tentar reduzir esta legitimidade.
Suu Kyi boicotou as eleições, assim como a LND, que foi oficialmente dissolvida. Em tais condições, o futuro político da dissidente é incerto.
Em outro problema para o governo, a junta militar acusou de "terroristas", que cometeram "atos subversivos para perturbar a estabilidade do Estado", os rebeldes da etnia Karen que enfrentaram o Exército no leste do país.
Os combates provocaram a fuga para a Tailândia de 20 mil pessoas. Quase todas já retornaram, mas a tensão persiste em um país onde muitas minorias étnicas não têm uma relação pacífica com o governo central.
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