A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (15), a operação Check-in, com objetivo de desarticular uma quadrilha que realizava crimes contra o sistema financeiro. A ação acontece nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Amapá e Pará, onde o grupo tinha residência e também a base de negócios criminosos. A quadrilha é suspeita de prática de crime contra o SFN e a lavagem de dinheiro.
Ao todo serão cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 49 de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal do Pará, nos Estados do Pará, Amapá, São Paulo e Amazonas. Durante as investigações, foi identificada a atuação de dois grupos com condutas bem definidas, mas ligadas entre si, fazendo parte de uma rede criminosa. Os policiais Federais concluíram que os grupos atuavam no Aeroporto Internacional de Belém e em casas de câmbio, instaladas no centro comercial da capital paraense.
Segundo a Polícia Federal, o primeiro grupo (aeroporto) tem um forte esquema de compra e venda de moeda estrangeira. Já o segundo (casas de câmbio), foram confirmados fortes indícios de envolvimento com a ação criminosa. Elas eram abastecidas com moedas estrangeiras obtidas ilegalmente pelo grupo do aeroporto, oriundas dos voos do Suriname. Elas eram comercializadas em seus estabelecimentos à margem dos órgãos de fiscalização.
Além das operações com moedas estrangeiras, segundo a PF, o grupo também negociava clandestinamente ouro procedente da Guiana Francesa e Suriname, com possibilidades de origem também de cidades no Brasil, como Itaituba.
A Polícia Federal também identificou que a rede de criminosos realiza transações com moeda proveniente da Guiana Francesa, mais especialmente das cidades de Caiena e Kourou, de onde enviam remessas de euro para a cidade do Oiapoque (AP). Tais remessas são transportadas para Macapá (AP) e desta para diversos lugares do Brasil, seja através de companhias aéreas (remessas feitas com a declaração de documentos) ou de pessoas (mulas) que transportam dinheiro preso ao corpo.
Alguns dos alvos já foram investigados durante a deflagração da ‘Operação Farol da Colina’, realizada no ano de 2004 (Banestado), e um deles considerado como um dos chefes da organização, José Alves de Lima Junior, já tem condenação penal em 1ª instância na Justiça Federal (18 anos de reclusão).
Manaus
Na capital do Amazonas, o delegado Pablo Oliva coordena a operação e tem o objetivo de cumprir 3 mandados de busca e apreensão, além de 2 de prisão.
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