quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais de 4 t de cocaína são apreendidas em rodovias brasileiras

Do início de 2010 até este domingo, 7 de novembro, mais de 4,2 toneladas de cocaína e pasta base de cocaína foram apreendidas em rodovias federais brasileiras, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um levantamento nacional aponta o estado de Mato Grosso do Sul como o primeiro colocado na lista de apreensões, seguido de Mato Grosso e Rondônia, em segundo e terceiro lugar.
Rodovias são principal rota de escoamento de cocaína no Brasil, diz PRF"Esses estados aparecem em destaque como principais portas de entrada da droga no país, porque têm uma extensa fronteira seca com a Bolívia, considerada uma das maiores produtoras de cocaína do mundo. Os traficantes utilizam, portanto, os estados de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, principalmente, como passagem para distribuir o entorpecente pelo Brasil", diz ao G1 o inspetor Reinam Araújo Ramos, chefe do Núcleo de Operações Especiais da PRF em Mato Grosso.
As rodovias, historicamente, são o principal meio de escoamento da cocaína pelo país. E para fugir da fiscalização ostensiva em áreas tradicionalmente utilizadas para o tráfico, a droga é encontrada pela polícia em locais inusitados. "A cocaína é encontrada em diversos lugares, desde ao lado do corpo, até introduzida nele. Há muitas mulheres também que utilizam barrigas falsas para transportar a droga, e casos em que ela é transportada em veículos de passeio, escondida na estrutura, em fundos falsos de carros e até mesmo dentro de tanques de combustível", afirma Ramos.
O tráfico de cocaína no Brasil, segundo o inspetor, percorre o sentido inverso do tráfico de maconha. "A pasta base entra, em geral, pelo Centro-Oeste, porque vem da Bolívia. Já a maconha entra pelo Sul, mais especificamente do Paraná, fronteira com o Paraguai, e daí segue para as demais regiões brasileiras", diz.

Segundo a PRF, na maioria dos casos, a cocaína apreendida ainda está em sua forma bruta, ou seja, em pasta base. A pasta base, segundo a polícia, geralmente não é consumida. A partir dela é possível faz o crack, a merla e a própria cocaína. Cada quilo de pasta base, após o refino, pode ser transformado em até cinco quilos de cocaína, de acordo com a PRF.
No estado de Mato Grosso do Sul foi apreendida, neste ano, 1,3 tonelada de pasta base e de cocaína. Em Mato Grosso, o número chegou a 742 quilos. Em terceiro lugar vem o estado de Rondônia, com 584 quilos apreendidos. São Paulo aparece em seguida, com 504 quilos, e Paraná, o quinto colocado, com 247 quilos de pasta base e de cocaína apreendidos. (veja mapa com situação em todo o país)

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