segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pelo menos 6 milhões de estrangeiros devem visitar o Brasil até 2011

Pelo menos 6 milhões de estrangeiros devem visitar o Brasil até 2011
 
Brasil - Impulsionado pelo crescimento da classe média brasileira, pelo dólar favorável e pela realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o turismo no Brasil deve crescer 12% neste ano, superando a expansão de 7% a 8% prevista para o Produto Interno Bruto (PIB).

A previsão é do Ministério do Turismo. O reaquecimento do mercado turístico ocorre depois de um período longo sem registros positivos, em 2009, em decorrência dos efeitos da crise econômica internacional.

As informações da agência BBC Brasil. O secretário executivo do Ministério do Turismo e presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés, afirmou que o número de visitantes do exterior voltou a crescer neste ano e deve chegar perto de 6 milhões em 2011.

As divisas estrangeiras que entram no país também refletem o crescimento: enquanto no ano passado os turistas deixaram cerca de R$ 9 bilhões no Brasil, até o fim deste ano terão deixado R$ 10,1 bilhões, na previsão do ministério.

O aquecimento se refletiu na 38ª edição da Feira das Américas – Abav 2010, que começou quarta-feira (20) no Riocentro e foi encerrada nessa sexta-feira. Tida como maior evento de turismo da América Latina, a feira registrou crescimento de 12% nos primeiros dois dias e contou com 737 expositores, contra 702 no ano passado.

O número de visitantes passou para 23.651, contra 21 mil em 2009. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) e reúne agências, operadoras, representantes de hotéis e órgãos de turismo de diferentes países.

As metas do ministério são ambiciosas. De acordo com Moysés, a Embratur quer aumentar o ingresso de divisas em moeda estrangeira em quase 300% até 2020, chegando a US$ 20 bilhões, e trabalha para duplicar o número de visitantes estrangeiros até lá, com a meta de atrair 10 milhões.

“Temos um plano de promoção em uma série de países europeus, como a Itália, França, Portugal, a Alemanha, e nos principais países da América do Sul”, conta Moysés. “Ainda temos muito espaço para crescer na América do Sul. Há países que praticamente não nos visitam, como o Peru, a Colômbia, o Equador, a Venezuela. Eles olham para o Caribe e os Estados Unidos, mas praticamente não para o Brasil.”

Com o real valorizado e o aumento da classe média, mais brasileiros estão buscando destinos no exterior para passar suas férias. Concentrando a atenção nesse mercado crescente, 48 países vieram promover seus destinos na feira da Abav – alguns deles pela primeira vez, como a Áustria, os Emirados Árabes, a Croácia, a Polônia, Rússia, Tunísia e Uganda.

O presidente da Abav nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, espera que a Copa do Mundo e as Olimpíadas tragam mais turistas não apenas em 2014 ou 2016, mas durante todo o período que envolve a organização dos dois eventos. “Os eventos em si não são a melhor época para visitar o Brasil. Mas a grande vantagem é que despertam curiosidade para o país antes”, disse.

Para Ferreira, a ascensão de cerca de 30 milhões de brasileiros das classes C e D para a classe média deve ter fortes reflexos no turismo. Ainda assim, o otimismo inspirado pelos números é cercado de cautela.

A despeito das defasagens existentes nos aeroportos, o número de voos em território nacional também cresce. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o número de voos registrado entre janeiro e agosto deste ano foi recorde tanto nos trechos nacionais (com 43,3 milhões de desembarques, superando o mesmo período do ano passado em 23%) quanto nos internacionais (5,11 milhões de brasileiros e estrangeiros desembarcaram no país, 11,77% a mais que no mesmo período do ano anterior).

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